30 outubro 2008

Cuba: ONU apela novamente ao fim do embargo

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou, esta quarta-feira, uma nova resolução que incita os Estados Unidos a porem um ponto final no bloqueio a Cuba. Estados Unidos, Israel e Palau foram os únicos votos contra. Esta é segundo a AFP, “a 17ª vez consecutiva que a ONU vota um texto similar”.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Felipe Pérez Roque, citado pela mesma agência, considerou o acontecimento “uma vitória histórica”. Segundo o responsável político, o debate evidenciou um consenso quanto ao “isolamento absoluto” de Cuba devido às políticas americanas, depois de 46 anos de embargos.

“É certo que os Estados Unidos necessitam de uma mudança, e o mundo também”, garantiu Roque, aludindo aos candidatos presidenciais americanos. John McCain defende a manutenção das sanções, ao passo que Barack Obama já manifestou, de certa forma, disponibilidade para iniciar conversações com Havana.

Sobre o tema:

Cuba: de 1906 à actualidade – uma perspectiva cronológica sobre a ilha socialista das Caraíbas

28 outubro 2008

Crise humanitária na República Democrática do Congo

Uma facção rebelde de etnia tutsi lançou, no domingo, uma ofensiva sobre as localidades congolesas de Rumangabo e Kibumba. De acordo com os dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), 30 mil pessoas abandonaram as suas casas nos últimos dias. Segundo a BBC, a missão de paz da ONU foi atacada e está a dar apoio ao Exército congolês.


A quebra do cessar-fogo, pela facção tutsi, em Agosto, já provocou mais de 200 mil refugiados. As últimas notícias davam conta de uma retirada em larga escala das forças governamentais para sul. Segundo as agências, o general Laurent Nkunda, líder dos insurgentes, tenciona tomar a cidade de Goma, capital da província do Kivu Norte, na fronteira com o Ruanda.

27 outubro 2008

FMI prepara empréstimo de emergência à Ucrânia

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aprovou esta segunda-feira um empréstimo de emergência à Ucrânia, no valor de 16,5 mil milhões de Dólares. Esta é a segunda intervenção do género numa semana, depois do Governo da Islândia ter assumido a falência do seu sistema financeiro e aconselhado os islandeses a que se “dedicassem à pesca”. Está também em preparação um pacote semelhante para a Hungria.

O mercado de capitais ucraniano, bem como a própria moeda, têm sofrido fortes quebras, em consequência da crise financeira mundial. Os investidores estão a abandonar o país e o principal motor da economia, a produção de aço, está a ser afectado. O decréscimo da procura, provocado pela contracção económica, fez baixar o preço do produto e as consequências orçamentais são devastadoras.

A Ucrânia vive um clima de forte instabilidade política, provocado pelo fim da coligação governamental. A posição face à actuação da Rússia na crise da Geórgia foi o ponto de ruptura entre o Presidente Viktor Iuchtchenko e a Primeira-ministra Iulia Timochenko. As eleições legislativas antecipadas, pedidas pelo partido de Timochenko, só não foram ainda marcadas por causa da crise económica que grassa no país.

22 outubro 2008

21 outubro 2008

"A era do petróleo barato terminou"

O Irão, a Rússia e o Qatar formalizaram esta terça-feira um acordo de parceria na indústria do gás. A produção conjunta dos três países representa mais de metade da produção mundial. Em visita ao Irão, o presidente do grupo Gazprom, Alexei Miller, esteve reunido com o Ministro do Petróleo iraniano, Gholam Hossein Nozari e com o Ministro da Energia do Qatar. Em declarações aos jornalistas, Miller garantiu que “o diálogo a três pode ser muito útil para todo o mercado do gás”.

“A era do petróleo barato terminou”, afirmou por sua vez o Ministro iraniano, na conferência de imprensa. Nozari chamou a atenção para o facto do preço do petróleo estar baixo demais e deixou claro que a intenção do Presidente Mahmoud Ahmadinejad, de fazer subir o preço do barril até aos 150 Dólares “não deveria ser um objectivo inalcançável”, tendo em conta que países como “o Canadá, que extrai petróleo de jazidas em alto mar”, verão a viabilidade das suas explorações posta em causa, se os preços continuarem em baixa.

19 outubro 2008

Powell apoia Obama

Colin Powell, antigo Secretário de Estado norte-americano, declarou este domingo que apoia Barack Obama na corrida à Casa Branca. Powell afirmou que John McCain mostra-se “inseguro sobre como lidar com os problemas económicos” e criticou a escolha de Sarah Palin, que considera “uma mulher notável”, mas que não está “pronta para ser Presidente”.

O apoio de Powell, um dos homens mais poderosos do país durante o primeiro mandato de George W. Bush, é um rude golpe na candidatura republicana, quando faltam apenas duas semanas para o escrutínio. As últimas sondagens, segundo as agências, davam a Obama uma vantagem de quase dez pontos percentuais sobre McCain.

16 outubro 2008

Kosovo: reconhecimento português “não altera nada”

Timothy Bancroft-Hinchey, Director e Chefe de Redacção do diário online russo PRAVDA, comentou esta quarta-feira, de forma áspera, o reconhecimento português da independência do Kosovo:


“Ao reconhecer a independência de Kosovo, Portugal demonstra que ou desconhece por completo as normas do direito internacional, ou então conhece mas finge não reconhecer, preferindo vergar-se aos pés de Washington, ser pisado, entrar na cama e levar com toda a força”.

“O reconhecimento de Portugal não torna Kosovo num país mas torna Portugal, sim, membro do grupo de estados párias que doravante, não terão qualquer direito de pronunciar-se em qualquer assunto que fosse relacionado com o estado da lei, porque o quebrou”.


Ver o artigo completo

14 outubro 2008

Síria e Líbano estabelecem relações diplomáticas

A Síria e o Líbano estabeleceram hoje relações diplomáticas, depois de seis décadas de costas voltadas. O Presidente Bashar al-Assad, assinou esta terça-feira o decreto que formaliza a intenção de instalar brevemente uma embaixada em Beirute. Este foi um passo importante para contrariar o isolamento da Síria. As pressões exercidas sobre Damasco, por parte dos países ocidentais, no sentido do reconhecimento pleno da soberania libanesa, mostraram hoje os seus frutos.

Fontes diplomáticas sírias, citadas pela Agência Efe, consideraram que a missão de um embaixador sírio no Líbano “será muito complicada, já que terá que lidar com os diferentes grupos políticos e religiosos que dividem o país”. O Ministro dos Negócios Estrangeiros libanês, Fawzi Salloukh, estará amanhã em Damasco, onde se encontrará com representantes sírios para, segundo a mesma fonte, “examinar os mecanismos” do estabelecimento das relações bilaterais oficiais.

06 outubro 2008

Segunda-feira negra, outra vez

Os mercados de capitais viveram hoje outro dia de pânico. Em Lisboa, a queda do índice PSI20 atingiu o valor histórico de 9,86 porcento. A bolsa de Paris perdeu mais de nove porcento, a de Londres quase oito e a de Frankfurt sete. A situação mais dramática viveu-se em Moscovo, onde as transacções foram interrompidas várias vezes, tendo fechado com uma desvalorização de mais de dezanove pontos percentuais.


Mesmo depois de os EUA terem, na última sexta-feira, adoptado o “Plano Paulson modificado”, para salvar o sistema financeiro federal, o início da semana também foi negro nos mercados de capitais norte-americanos. Os investidores começaram a semana pessimistas, tendo os principais índices registado perdas na ordem dos quatro porcento.


Segundo analistas citados pela AFP, “o temor desencadeado pela grande operação de resgate do banco hipotecário alemão Hypo” foi o responsável pelo crash desta segunda-feira que, de acordo com a fonte, “acabou com a ilusão de que as grandes intervenções estatais” sejam a solução para “conter rapidamente a crise financeira mundial”.