29 fevereiro 2008

Maps of war

Neste endereço é possível, em apenas 90 segundos, visualizar a ascensão e queda dos impérios que dominaram o Médio Oriente durante os últimos 5000 anos. Na página principal do site podemos encontrar uma grande diversidade de mapas, muitos deles em animação flash. Aqui fica então a sugestão...



http://www.mapsofwar.com/images/EMPIRE17.swf

28 fevereiro 2008

Decidam-se lá e depois digam à gente!

Pridnestróvia, Transnístria ou Transdniestria? É difícil para um português, que tenta referir-se a um território sempre pelo mesmo nome, saber qual usar, visto que aparentemente, nem os naturais têm uma posição de consenso em relação a essa matéria. Nesta quinta-feira, na edição electrónica do Tiraspol Times, podíamos encontrar referências à autoproclamada república nas três versões do seu nome.

Em português, ainda se poderia compreender que diferentes autores tratassem esse território por transliterações distintas, sustentando a sua tese em argumentos etimológicos e nas especificidades de cada língua na assimilação de nomes estrangeiros. Numa tradução de 1975 da obra “As Democracias Populares”, de François Fejtó, a província de maioria albanesa do sul da Sérvia é referida como sendo o “Cossovo”. Se os portugueses dissessem “Cossovo”, estariam a reproduzir um conjunto de sons muito semelhante ao de “Kosovo”, dito com pronúncia inglesa e mais semelhante à forma de dizer dos autóctones. O mesmo se passa com a Abkhásia, Abecácia ou Abcázia, outro dilema linguístico para alguém que quer escrever sobre estes sítios...

Mas quando são os próprios naturais a não chegar a um consenso, o caso é mais complicado... Por isso, habitantes das margens do Dniestre, decidam lá e depois digam à gente o nome do vosso país!

25 fevereiro 2008

"Kosovo é Sérvia" ou "Kosovo nunca mais será parte da Sérvia"?

Cerca de 2 mil sérvios manifestaram-se esta segunda-feira na cidade dividida de Kosovska Mitrovica. No protesto, entre exclamações de “Kosovo é Sérvia”, queimaram-se bandeiras da União Europeia (UE). A polícia da missão da Organização das Nações Unidas (ONU) protegeu a ponte que simboliza a separação entre os sérvios e os albaneses de Mitrovica e não se registaram actos violentos.

A Sérvia encontra-se numa situação política delicada. O Presidente Boris Tadic, apesar de manifestar a sua oposição à independência do Kosovo, defende a manutenção das relações com os países que reconheceram a província como um Estado. Esta é a posição defendida pelo Primeiro-ministro, o nacionalista Vojislav Kostunica, que acha que o Estado sérvio deve assumir uma posição de ruptura

"Os EUA devem anular a decisão de reconhecer o falso Estado em território da Sérvia”, declarou Kostunica à imprensa sérvia. Segundo este responsável, os Estados Unidos devem “possibilitar que o Conselho de Segurança da ONU reafirme a validade da resolução 1244, garantindo assim a soberania e a integridade territorial da Sérvia”.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, manifestou-se contra o que classifica de “cinismo descarado” dos EUA, ao apoiar apenas a parte albanesa e “desprezar o direito em favor da racionalidade política”. O ministro, nesse comunicado, questiona se é possível “ficar indiferente em relação ao destino de cem mil sérvios, que no séc. XXI, são empurrados para um gueto?”

Tom Casey, porta-voz do Departamento de Estado norte-americano, trouxe rapidamente a resposta do Governo: “Vamos continuar a tentar trabalhar, tanto com os russos como com os sérvios, mas acho que deve ficar claro para todos que o Kosovo nunca mais será parte da Sérvia”.

As declarações de Casey vão no sentido de que todas as partes envolvidas se deveriam empenhar na execução do “plano para a independência supervisionada de Kosovo”, elaborado por Martti Ahtisaari (enviado especial da ONU para o Kosovo). O porta-voz do Governo americano concluiu a sua intervenção com a ideia de que os EUA desejam a Sérvia integrada na UE e em paz com os seus vizinhos.


24 fevereiro 2008

Castro por Castro

A Assembleia Nacional cubana elegeu este Domingo, numa sessão histórica, um novo Chefe de Estado. No seu discurso de tomada de posse, Raul Castro salientou a importância de "assegurar a continuidade da revolução", através do fortalecimento da economia e consequente melhoria do nível de vida do povo.

Raul era tido por muitos como o natural sucessor do irmão na presidência. Ministro da Defesa desde 1959 e reconhecido administrador, este general de 76 anos foi uma peça fundamental na gestão da crise resultante do colapso da União Soviética. O recém-empossado Chefe de Estado tinha assumido a presidência interina em Julho de 2006, altura em que Fidel foi submetido a uma cirurgia intestinal de alto risco.

23 fevereiro 2008

Jornalista russo estica-se

O jovem apresentador russo Konstantin Siomin, num comentário aos acontecimentos na Sérvia, afirmou, em directo, que Zoran Djindjic, (assassinado em 2003) “recebeu merecidamente uma bala”. O jornalista afirmou ainda que Djindjic, que chefiou o primeiro governo da Sérvia pós-Milosevic, não passava de uma “marioneta ocidental”.

Segundo Siomin, o político assassinado foi “o responsável pela destruição das lendárias forças armadas e serviços secretos sérvios”, além de ter “vendido a Haia os heróis da resistência”. A Embaixada da Sérvia em Moscovo já pediu esclarecimentos, indagando sobre se essas palavras representam apenas a opinião do jornalista ou são uma posição do Estado russo.

Turquia ataca no Curdistão iraquiano

O exército turco lançou na terça-feira uma operação militar em larga escala no Curdistão Iraquiano. A incursão tem por objectivo desmantelar bases dos rebeldes do PKK, o Partido dos Trabalhadores do Curdistão.


Segundo o governo de Ancara, a operação visa impedir os separatistas curdos de lançar ataques sobre o território turco, a partir do norte do Iraque. Os cinco dias de incursão provocaram já a morte de 40 combatentes curdos e de pelo menos quatro soldados turcos. Um porta-voz do PKK afirmou este sábado que os combates causaram já 22 mortos entre os atacantes.


Os rebeldes ameaçaram já que, se Ancara não interromper a ofensiva militar, podem desferir ataques sobre cidades turcas. Ahmad Danis, porta-voz do PKK, afirmou, à AFP, que “se a Turquia mantiver o ataque, deslocaremos o cenário dos combates para o interior das cidades turcas”. Salientou, no entanto, que estas acções “não irão apontar para a população civil”.


O ministro dos negócios estrangeiros iraquiano, Hoshyar Zebari, afirmou sábado, em declarações à BBC que uma escalada na operação militar turca pode desestabilizar ainda mais a região. O ministro iraquiano lamentou que várias pontes tenham sido danificadas, apesar das promessas dos governantes turcos de não afectar as infra-estruturas iraquianas durante as manobras.


O primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, disse este sábado que a operação seria breve: “O alvo, o propósito, o tamanho e os parâmetros desta operação são limitados”, acrescentando que o Exército “voltará para casa o mais rápido possível”. O secretário-geral da ONU, Ban Ki-Mun, manifestou já a sua preocupação com a “protecção dos civis nos dois lados da fronteira”.


O Parlamento turco tinha aprovado, em Outubro do ano passado, uma autorização para a realização de operações militares em território iraquiano, no âmbito do combate aos rebeldes do PKK. Porém, ao contrário do que aconteceu há três meses, este ataque não foi precedido de qualquer ataque por parte dos rebeldes do PKK. O Governo turco admite que três a 10 mil soldados estejam envolvidos na ofensiva.


Os 26 milhões de curdos, distribuídos entre a Turquia, o Iraque, o Irão, a Síria, a Arménia e Azerbaijão, são o maior povo do mundo sem um Estado próprio. O PKK luta por um Curdistão independente desde 1978. Estima-se que mais de 35 mil pessoas tenham morrido desde então, entre combatentes e civis. Os Estados Unidos e a União Europeia têm o PKK nas suas listas de organizações terroristas.

Deuses para todos os gostos...

A história de cada civilização sempre se fundou nos seus deuses. Neste site podemos encontrar 2850 divindades, desde as civilizações antigas até aos santos cristãos. A não perder...


22 fevereiro 2008

Manifestação acaba em confrontos

Mais de 150 mil pessoas desfilaram esta quinta-feira no centro de Belgrado, num protesto contra a declaração unilateral de independência do Kosovo. A manifestação foi convocada pelo primeiro-ministro, Vojislav Kostunica, para “mostrar pacificamente ao mundo” que os sérvios não aceitam a independência da sua província.

Num tom inflamado, o primeiro-ministro deu o mote ao protesto: “O Kosovo é Sérvia! O Kosovo pertence ao povo da Sérvia! Sempre foi assim e sempre será assim! Por nós, os sérvios, tudo é possível pela amizade, mas nunca pela força. Se aceitamos a força e o medo, cada vítima da fundação da Sérvia terá sido em vão!”.

Ao fim da tarde, grupos de jovens atacaram as representações diplomáticas dos Estados Unidos, Croácia, Alemanha, Canadá e Turquia. Os confrontos entre os manifestantes e as forças policiais provocaram mais de 80 feridos, entre os quais 21 polícias e um jornalista holandês.

A embaixada dos Estados Unidos foi invadida e incendiada, tendo um indivíduo chegado ao ponto de retirar a bandeira norte-americana e colocar uma da Sérvia. Enquanto isso, a multidão gritava “Sérvia, Sérvia”. O incêndio provocou um morto.

Numa região fronteiriça entre a Sérvia e o Kosovo, um grupo formado por cerca de 300 pessoas, entre elas muitos veteranos do Exército sérvio, atacou, com pedras e cocktails-molotov, um posto da polícia albanesa. O presidente da Sérvia, Boris Tadic, a partir de Bucareste, onde se encontra em viagem oficial, pediu o fim da violência.

O ministro dos negócios estrangeiros alemão, Gernot Erler, tinha afirmado na quarta-feira que os políticos sérvios ficaram “prisioneiros das suas próprias palavras”, por terem levado a opinião pública a acreditar que a independência do Kosovo era possível de evitar.

“Agora têm dificuldades para dar explicações, e adoptam uma postura agressiva para com o Ocidente”, afirmou. O político desvalorizou, no entanto, os protestos e críticas, dizendo serem apenas “escaramuças de retirada”.

21 fevereiro 2008

Country Reports


Neste endereço está disponível uma grande quantidade de informações sobre todos os países do mundo. Fácil e intuitivo. Basta clicar no país que queremos e escolher o parâmetro sobre o qual queremos obter a informação.

http://www.countryreports.org/


20 fevereiro 2008

Fidel sai de cena


Após 49 anos de liderança, Fidel Castro anunciou ontem a sua renúncia formal aos cargos políticos que detinha no Governo e Exército cubanos. Em comunicado, transmitiu a sua intenção de não se candidatar a um novo mandato na Presidência.

Apesar de sempre ter desejado “cumprir as tarefas revolucionárias até ao último suspiro”, o líder cubano admite, num texto publicado no “Granma”, que seria um erro “assumir uma responsabilidade que exige mobilidade” e para as quais não se sente “em condições físicas de cumprir”.


Nesta hiperligação tenho publicada uma perspectiva cronológica sobre a história de Cuba, o a forma como esta se confunde tantas vezes com a do próprio Fidel (trabalho realizado em Dezembro de 2007).

http://zasilva-cuba.blogspot.com/

19 fevereiro 2008

Dinamarca a ferro e fogo

A Dinamarca sofreu ontem a oitava noite consecutiva de distúrbios. Em diversas cidades dinamarquesas, desenvolvem-se protestos violentos, protagonizados por grupos de jovens muçulmanos das zonas periféricas.

Passados dois anos sobre os acontecimentos violentos, despoletados pela publicação de caricaturas que representavam o Profeta Maomé em poses menos abonatórias, os jornais dinamarqueses, num voto colectivo de protesto, voltaram a publicar a mais contestada dessas imagens.

Esta publicação foi um protesto contra a tentativa de assassinato de Kurt Westergaard, o autor do desenho que representava Maomé com uma bomba na cabeça, integrada no turbante. A polícia deteve já três suspeitos de planear o assassinato.

O primeiro-ministro dinamarquês, Anders Fogh Rasmussen reafirmou ontem que “a liberdade de imprensa na Dinamarca inclui cartunistas”, e que a revolta pela republicação dos desenhos não dá a ninguém “o direito de queimar o carro do outro nem queimar escolas e instituições”.

18 fevereiro 2008

“Rambo” dá 7 anos de cadeia

As autoridades de Myanmar (antiga Birmânia) proibiram esta segunda-feira a distribuição da última aventura cinematográfica de John Rambo, o famoso veterano de guerra representado pelo actor americano Sylvester Stallone.

Nesta aventura, a personagem infiltra-se na selva birmanesa para resgatar uma tribo minoritária e uma missão evangelizadora cristã, vítimas de perseguição pelas tropas do regime. O governo de Rangum não permite a visualização do filme, pelo que já alertou os comerciantes de que a venda do DVD será punida com uma pena de prisão de 7 anos.

O Myanmar é um país governado por uma junta militar, que tomou o poder em 1962, tendo, no final de 2007, sido palco de grandes manifestações contra o regime, protagonizadas por monges budistas e amplamente reprimidas pelas forças de segurança.

As últimas eleições realizaram-se em 1990, tendo os resultados destas sido ignorados pelos militares no poder, pois o partido que os representava elegeu apenas 8 deputados em 481. A Liga Nacional para a Democracia, de Aung San Suu Kyi (mantida em prisão domiciliária pelas forças do regime), foi o partido vencedor, tendo elegido 397 representantes. Os militares, porém, anularam o resultado do escrutínio, alegando que a mudança iria promover a desagregação do Estado.

17 fevereiro 2008

Albaneses do Kosovo celebram independência

O parlamento kosovar aprovou este domingo, por unanimidade, a independência daquele território em relação à Sérvia. A declaração de secessão foi proferida pelo primeiro-ministro Hashim Thaci: “O Kosovo é independente, soberano e livre” afirmou o líder. “Muitos perderam a vida para que este dia se tornasse realidade”.

Desde o início da manhã de Domingo que os kosovares albaneses afluíram a Pristina, vindos de todas as zonas da província separatista. Também nas comunidades da diáspora se verificou um afluxo massivo de emigrantes, que queriam estar no território no dia da proclamação de independência.


Boris Tadic, presidente da Sérvia, emitiu de imediato um comunicado, no qual reafirmou que “a Sérvia nunca reconhecerá a independência de Kosovo”. Nessa missiva, porém, o presidente apela à calma, garantindo de que “a Sérvia reagiu e reagirá recorrendo a todos os meios pacíficos, diplomáticos e legais para revogar este acto”.


Também o primeiro-ministro Vojislav Kostunica se manifestou prontamente contra esta declaração unilateral. Na sua declaração, não poupou críticas a George W. Bush. “O presidente dos Estados Unidos e os seus partidários europeus entrarão para a história da Sérvia em letras negras”, afirmou.


O ministro sérvio para o Kosovo, Slobodan Samardzic, deslocou-se a Kosovska Mitrovica, uma cidade no norte do Kosovo onde os sérvios são maioritários, para expressar o apoio governamental à população. Samardzic afirmou que a presença sérvia no território permanecerá “onde for possível”, de modo a permitir que os sérvios do Kosovo ”levem uma vida normal”.

13 fevereiro 2008

Quantificando o direito à independência

“Os americanos estão a criar um novo Bin Laden”. Quem o afirma é Serguei Markov, deputado da Duma e director do Instituto de Estudo Políticos russo. O político classifica o reconhecimento da independência do Kosovo, por parte dos EUA, como um “erro terrível”, “No fundo, Tahci (líder do Kosovo) não é muito diferente de Bin Laden. Os americanos alimentaram esse terrorista e agora ele faz explodir as suas casas. Tahci será mais um Bin Laden”.


Nas suas declarações o deputado defendeu ainda que a Abkhasia, a Ossétia do Sul ou a Transnistria “têm mais direito à independência do que o Kosovo”. Markov ilustrou a sua tese com os casos da Espanha e da França: “Madrid não vê a situação em torno do Kosovo como precedente, mas os bascos vêem; Paris também não vê, mas os córsegos vêem. O mesmo se passa nas relações entre a Geórgia e a Abkhasia e Ossétia do Sul e entre a Moldávia e a Transnistria”.


O deputado referiu uma grande discussão política na Duma sobre as medidas a implementar em relação às repúblicas independentistas georgianas. Curiosamente, quando questionado se a Duma iria levantar a questão do reconhecimento da independência destes territórios, respondeu de forma directa, que “a Duma fará o que Vladimir Putin disser”.

11 fevereiro 2008

"Do you look like your dog?"

Tipicamente americano... Em Oakland, Califórnia, realiza-se anualmente um concurso onde vence o dono que se parecer mais com o seu cão! E pelos vistos há quem faça disto estilo de vida...


10 fevereiro 2008

Da Rússia...

Quem vai buscar a cerveja?

Ano de 2032. Moscovo. Numa cervejaria estão sentados Vladimir Putin e Dmitri Medvedev a beber cerveja.

Putin - Dmitri, qual de nós é o presidente da Rússia? Tu ou eu? Já estou completamente confuso.

Medvedev - Vladimir Vladimirovitch, claro que você é que é o presidente.

Putin - Então, vai tu buscar a cerveja.


(extraído do blogue “Da Rússia”, do jornalista José Milhazes)

09 fevereiro 2008

Tadic prevê conflitos, Rússia apela ao multilateralismo


O reeleito presidente da Sérvia, Boris Tadic, num discurso proferido ontem numa conferência internacional sobre segurança em Munique, advertiu que a declaração de independência do Kosovo poderá ter graves consequências. "Caso a Sérvia seja dividida contra a sua vontade, poder-se-á assistir a uma escalada em muitos conflitos existentes e à reactivação de vários conflitos congelados", afirmou o líder sérvio.

O embaixador da Rússia em Portugal, Pavel Petrovsky, reiterou hoje, em Lisboa, que à luz do Direito Internacional, a independência do Kosovo só pode ser autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU. Petrovsky referiu ainda " que a declaração unilateral poderá abrir um precedente "para outras zonas do mundo, referindo-se à Espanha, à Roménia e à Eslováquia, países que já se manifestaram contra a decisão de conceder a independência à província.

O embaixador afirmou ainda que Moscovo procura cooperar com base no multilateralismo, indispensável para resolver as “muitas contradições no mapa mundial” com que a comunidade internacional se debate na actualidade e a atitude dos países que querem dar a independência ao Kosovo à revelia de Belgrado, em nada contribui para a resolução destas questões.

08 fevereiro 2008

Não queria ele mais nada!


O Arcebispo de Cantuária, Rowan Williams, que tinha ficado célebre, mundo fora, por ter sugerido que o Tsunami de 2004 na Ásia tinha sido “obra de um Deus bom”, meteu água outra vez.

O clérigo anglicano acha agora que seria proveitoso aplicar “algumas partes da Sharia”, a retrógrada e misógina Lei Islâmica, para que os “cidadãos britânicos de origem islâmica” pudessem passar a resolver as suas disputas “de acordo com os seus valores culturais”.

Desculpem lá, mas esta proposta sustenta uma ideia de pertença irrevogável à comunidade religiosa de que se é originário! Ou seja, leis que se aplicam a um membro de uma religião e não a um de outra. Será que ele nunca ouviu falar de laicidade?

07 fevereiro 2008

Pridnestróvia ou Transnístria?

A Transnístria é uma região situada no leste da República Moldova, fazendo fronteira com a Ucrânia e separada geograficamente do restante território moldavo pelo rio Dniestre.

Em 1991, ano da sua independência da URSS, a Moldova reclamou, na sua proclamação oficial de independência, o direito histórico da soberania sobre o território. Como consequência disso, a República Moldava da Pridnestróvia (ou Transnístria) proclamou a sua independência.

Apesar de uma tentativa de invasão pela Moldova, o apoio militar de Moscovo e Kiev permitiu à região manter, a partir daí, uma total autonomia política em relação a Chissinau. Actualmente, os partidos moldavos não participam, inclusivamente, nos processos democráticos de eleição política no território.

A ligação política da Pridnestróvia à República Moldova deve-se em grande parte à estratégia geopolítica da URSS no período pós-segunda guerra mundial. Em 1940, Estaline invade a Moldávia, anexando Pridnestróvia ao território que mais tarde seria a República Socialista Soviética Moldava.

Os dois nomes distintos derivam das influências civilizacionais: "Pridnestróvia" é o nome eslavo e" Transnístria" o de influência latina.


06 fevereiro 2008

Rússia ameaça reconhecer Abkhásia, Ossétia do Sul e Transnistria


A proclamação da independência do Kosovo pode trazer alterações de fundo à política externa regional da Rússia. Quem o afirma é Konstantin Kossatchov, chefe do Comité para a Política Externa da Duma (câmara baixa do parlamento russo).

Após a vitória de Boris Tadic nas presidenciais sérvias, este alto responsável declarou que uma “proclamação unilateral da independência do Kosovo e o possível reconhecimento dessa independência por uma série de estados ocidentais será um sério argumento para a Rússia rever as posições, antes contidas, face às repúblicas autoproclamadas” da Abkhásia e da Ossétia do Sul (regiões separatistas da Geórgia, com importantes populações russófonas) e da Transnistria, secessionista da República Moldova.

“Hoje, é difícil prever de que forma se vai desenvolver a posição da Rússia”, continua o deputado “temos que discutir a que ritmos e em que sentido se vai desenvolver a nova posição”. Deixou ainda claro que a Rússia irá utilizar “todas as possibilidades de que dispõe” para impedir o reconhecimento internacional do Kosovo.


03 fevereiro 2008

Turcos manifestam-se pela proibição do véu nas Universidades



Cerca de 100 mil turcos manifestaram-se este sábado, no centro de Ancara, para protestar contra a revisão constitucional que, entre outras medidas, aprovará o levantamento da proibição do uso do véu islâmico nas universidades. O pano de fundo dos protestos foi o mausoléu de Mustafá Kemal "Ataturk", fundador da Turquia moderna. Os manifestantes temem que a medida represente um avanço do Islão nas instituições da Turquia laica e secular.


Os líderes políticos dizem que esta medida aproxima o país da União Europeia, pois representa um avanço nas liberdades individuais. O governo de Ankara enquadra esta medida legislativa na promoção dos princípios seculares sagrados da constituição.


O Partido da Justiça e do Desenvolvimento (AKP, no poder), considera que a proibição do véu islâmico é uma violação à liberdade de consciência e ao direito à educação, visto que muitas jovens, sobretudo as oriundas de meios mais tradicionais, não frequentam actualmente as Universidades por causa desta restrição. Opinião diversa têm os manifestantes, que se opõem ao que chamam “um poder radical emergente no Islamismo da Turquia”.

01 fevereiro 2008

Não será antes Playa de la Luz???


Gandas malucos


Anda por aí a circular este mapa, com a informação de que foi publicado, em tamanho grande, na edição de 13 de Outubro de 2007 do FINANCIAL TIMES. Verdade ou não, digamos que foi preciso ter muita imaginação para o produzir. Mas a ser verdade é inqualificável...