29 dezembro 2008

"Uma guerra para mudar as regras do jogo"

Em 2006, o Hamas exigiu a Israel que reconhecesse as fronteiras de 1967, se retirasse de toda a Cisjordânia, incluindo Jerusalém, e aceitasse o “direito de retorno” dos refugiados. Em troca, propôs o que o profeta Maomé ofereceu aos judeus há 1400 anos: uma “hudna” por 10 anos, mais do que uma trégua, menos que um cessar-fogo. Não há aqui lugar para a paz.

É desta forma que termina a notável peça do Público:

"uma guerra para mudar as regras do jogo – perguntas e respostas sobre a última guerra israelo-palestiniana"

6 comentários:

Anónimo disse...

Mais do que nunca, Israel teve legitimidade para intervir militarmente, na Faixa de Gaza. Durante a última semana, o Hamas lançava diariamente cerca de 70 a 80 mísseis e rockets sobre território israelita. A mudança de mentalidade no seio do povo isrealita, tentando terminar com o passado de Ariel Sharon e a extrema-direita isrealita, substituindo por uma nova visão para os problemas internos e da região, parecem não ser do interesse de árabes, americanos, russos, ingleses e franceses.
A Primeira-Ministra israelita tudo fez para evitar um conflito, chegando a divulgar-se um acordo secreto com a Síria, para a entrega dos Montes Golan e a retirada de Israel da Cisjornádia e de Gaza. O jornalista noticiou os acordos de Oslo, entre Israel e o Presidente Bashar al-Assad, contando com o apoio da Rússia, Espanha.
Israel vai tentar neutralizar em 2008 o equipamento nuclear iraniano, para bem da humanidade. Os EUA permitiram a instalação no Paquistão de armento nuclear e hoje este país é o maior patrocinador do terrorismo mundial.
Quando vamos assistir a uma mudança de atitude dos países Ocidentais em relação aos direitos humanos, liberdade e igualda de direitos entre sexos nos países árabes, africanos e exigirem a mudança de regimes políticos e a transformação e adaptação das monarquias reais às realidades actuais ?
Para Samuel Huntingthon 'o choque entre civilizações' era inevitável, tendo como ponto de partida a raça, religião, etnia(tribalismo, forma pior do que racismo, tendo como exemplo a África Central)e a lingua. A globalização implicou a miscenização entre povos e o conceito de DAS STATE não é o mesmo de 1870, implementado por BISMARK. A crise civilizacional actual ao nível da inovação, criacão, valores, encontram paralelo na actual situação económica(Banqueiros cada vez mais ricos e o povo à beira do colapso) e nos parlamentos mundiais(deputados corruptos), sistema público e de justiça desacreditados, 'uma casta de senhores do século XXI que subjuga a população'.
A maior parte dos portugueses pode ficar admirado, mas foram os Visigodos que por aqui passaram e criaram a base do regime feudal. Muitos ficam admirados porque os arabes estiveram aqui tanto tempo, é que o senhor visigodo exigia a partilha da cama com a mulher, o dizimo, enquanto que os arabes(magrebinos é o termo correcto), deixavam as populações locais à vontade.
Israel faz aquilo que os EUA não têm coragem política para efectuar a cabo, tal como realizaram no Iraque na década de 80.
Já chega, os palestinianos não matam a fome, com armas nem fazendo explodir-se dentro de território israelita. Já alguem viu a vida que os Xeques árabes leva ? Com tanto dinheiro porque não ajudam o seu povo ? Já sei, a culpa é sempre de Israel...

zasilva disse...

Grande discurso, Anónimo, mas não me convenceu... Eu costumo ouvir mais vezes o outro lado da cassete!
Cumprimentos!

serraleixo disse...

eheh. depois de ler o .... (não sei o que se deva chamar àquilo que escreveu o anónimo) só mesmo rir. junta uma série de ideias numa salganhada incoerente do príncipio ao fim. tribalismo uma forma de racismo? poderia concordar se o anónimo concordar então que nacionalismo também é uma forma de racismo (e que nos casos extremos acaba por ser). Mas em África o tribalismo vem do colonialismo (apesar de ser algo anterior ao colonialismo, enfim, isto dava pano para mangas mas basta notar que as fronteiras dos países africanos foram traçadas a régua e esquadro não reflectindo a organização étnica-cultural do continente mas antes esquartejando África em pedaços que são as esférias de influência das antigas potências colonialistas, agora neocolonialistas). Hoje, as guerras (massacres) que opõem as "tribos" são inteiramente alimentadas pelas potências ocidentais (que vendem armas por recursos como, por exemplo, as madeiras exóticas, os diamantes ou aquele material raro de que são feitos os componentes electrónicos dos nossos laptops e telelés, para não falar do gás, petróleo e alimentos; devia estar a pôr as referências de algumas destas coisas mas enfim).
Os "Xeques árabes" ricos são obviamente alimentados pelos petrodólares americanos e são mais um exemplo do neocolonialismo. Quando as políticas desses "Xeques árabes" (que não são mais do que comparsas, amigos, cúmplices, das poderosas famílias americanas que dominam a região e não benevolentes governantes dos seus países) deixam de cumprir com os requesitos dos EUA esses países são invadidos ou sofrem bloqueios económicos que matam à fome as suas populações (mas não os seus governantes, como é óbvio). Porque o problema nos países africanos e árabes é o mesmo que aqui ou noutro país do mundo.
Não, a culpa não é de Israel ou dos EUA. A culpa é dos poucos que dominam o rumo dos acontecimentos. Não é um país, uma religião ou cultura. É a classe dirigente que domina os meios de comunicação e que vira povos contra povos a seu bel-prazer, enriquecendo, naturalmente, e provocando a miséria generalizada.

Anónimo disse...
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zasilva disse...

É verdade, ser.r.alves, a culpa é do sistema que visa o lucro das empresas em detrimento do bem comum. E ainda posso acrescentar: se os "xeques árabes" ganham lucros fabulosos e não os partilham com o povo, a culpa é do capitalismo global, que permite! A questão israelo-árabe, como sabemos, vem de trás e não tem uma solução evidente. Por mais voltas que as negociações dêem, as partes têm pontos de intransigência que incompatibilizam permanentemente qualquer possibilidade de acordo. A impunidade de Israel perante a comunidade internacional só demonstra a existência de critérios diferentes para países diferentes.

O Anónimo, ainda por cima, fez copy/paste do comentário (pelo menos podia ter lido com atenção), que já deve ser de 2007, como se pode ver no 3º parágrafo:
"Israel vai tentar neutralizar em 2008 o equipamento nuclear iraniano"

Anónimo disse...
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