27 junho 2008

Ramos Horta recusa Alto Comissariado


José Ramos Horta, Presidente da República de Timor-Leste, anunciou esta sexta-feira que não se pretende candidatar ao cargo de Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos. Os Governos de Portugal, do Brasil e da Austrália já tinham manifestado o apoio à nomeação do Nobel da Paz timorense para o cargo.

“Deixar o Governo agora provocaria eleições antecipadas e isso seria injusto para com o povo, que foi às urnas três vezes em 2007”. O Presidente da jovem república admite que tal nomeação provocaria “novas tensões, com consequências previsíveis para o país”. Ramos Horta garantiu aos jornalistas que não abandonará Timor no “futuro próximo”.


Para os leitores que me têm dito que gostariam de ver um pouco mais de opinião nas peças, aqui vai um pequeno comentário: que falta nos fazia ter políticos destes…

2 comentários:

Anónimo disse...

Talvez não seja o que parece Z. O Ramos Horta afirmou (e agora não sei onde li isto) que apenas se canditaria se tivesse a certeza de que seria o escolhido.
Das duas três: Ou o homem não consegue apoios seguros, ou anda a fazer contas à vida depois de ter levado uns balásios, ou o tipo quer ser mártir e arrisca-se mesmo a conseguir.

zasilva disse...

Uma coisa é certa: ele não usou o prémio Nobel para abandonar o seu recém-formado país. Muitos tinham-se deitado "à sombra da bananeira" a desfrutar a notoriedade internacional. Apesar de conhecer defeitos políticos a Ramos Horta (quem não os tem?), surpreendeu-me quando soube que ele se ia candidatar a Presidente. Julguei-o mais comodista. E este é que é o elogio. Os nossos governantes aceitam todo e qualquer convite que os afaste da "parvalheira".

Continua a comentar! Na discussão é que se enriquece a argumentação.