O reeleito presidente da Sérvia, Boris Tadic, num discurso proferido ontem numa conferência internacional sobre segurança em Munique, advertiu que a declaração de independência do Kosovo poderá ter graves consequências. "Caso a Sérvia seja dividida contra a sua vontade, poder-se-á assistir a uma escalada em muitos conflitos existentes e à reactivação de vários conflitos congelados", afirmou o líder sérvio.
O embaixador da Rússia em Portugal, Pavel Petrovsky, reiterou hoje, em Lisboa, que à luz do Direito Internacional, a independência do Kosovo só pode ser autorizada pelo Conselho de Segurança da ONU. Petrovsky referiu ainda " que a declaração unilateral poderá abrir um precedente "para outras zonas do mundo, referindo-se à Espanha, à Roménia e à Eslováquia, países que já se manifestaram contra a decisão de conceder a independência à província.
O embaixador afirmou ainda que Moscovo procura cooperar com base no multilateralismo, indispensável para resolver as “muitas contradições no mapa mundial” com que a comunidade internacional se debate na actualidade e a atitude dos países que querem dar a independência ao Kosovo à revelia de Belgrado, em nada contribui para a resolução destas questões.
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