08 março 2008

Björk incomoda Governo chinês

O Ministério da Cultura chinês repudiou, em comunicado publicado no seu site oficial, a atitude de Björk, no final do concerto que deu em Xangai, no último domingo. No comunicado, citado pela Reuters, pode ler-se que a cantora “desrespeitou gravemente as leis do país e feriu os sentimentos dos chineses” e que “nenhum país considera o Tibete um país independente”.

Antes da ocupação, o Tibete era um país independente e completamente isolado do mundo exterior. Durante a década de 1950, as tropas chinesas levaram a cabo uma lenta invasão, acompanhada de uma imediata colonização. Conforme os exércitos foram progredindo, na difícil geografia, deixaram um rasto de colonização. Construíram estradas, caminhos-de-ferro e outras infra-estruturas, para assim garantir a irreversibilidade da ocupação.

O Governo chinês considera, no entanto, que o Tibete é parte integrante da China há mais de 800 anos. No referido comunicado pode ler-se ainda que “qualquer tentativa de separar o Tibete da China enfrentará a oposição resoluta do povo chinês”. O Ministério da Cultura prepara-se agora para aumentar o controlo sobre os artistas estrangeiros que se desloquem ao país, para evitar situações semelhantes.

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