07 março 2008

Árabes israelitas temem represálias

O Hamas reivindicou esta sexta-feira o atentado que tirou a vida a oito alunos e feriu mais de vinte, numa escola ultra-ortodoxa judaica, em Jerusalém. Há dois anos que um ataque palestiniano não provocava tão elevado número de mortos. Na Faixa de Gaza houve festejos, com homens armados a disparar para o ar, em grande celebração.

O processo de paz encontra-se novamente por um fio. As negociações tinham já sido suspensas pelo Presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, na sequência da recente ofensiva israelita na Faixa de Gaza. Um porta-voz do Governo israelita já fez saber que o Estado hebraico está disposto a continuar as conversações.

O facto deste ataque ter sido protagonizado por cidadãos israelitas vem reacender a desconfiança dos israelitas judeus face aos seus compatriotas muçulmanos. Em Israel vivem um milhão e 400 mil árabes com cidadania israelita. Estes cidadãos receiam agora represálias de grupos extremistas judeus.

Apesar de terem representação política e uma situação económica mais confortável que a dos palestinianos de Gaza e da Cisjordânia, os árabes israelitas não são cidadãos de pleno direito, pois é-lhes negado o direito de ingressar no exército.

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