Robert Mugabe tomou posse este domingo, pela sexta vez consecutiva, como Presidente do Zimbabué. As eleições ficam marcadas pela particularidade de Mugabe ter concorrido sozinho. O candidato da oposição, Morgan Tsvangirai, retirou a sua candidatura cinco dias antes do escrutínio e refugiou-se na embaixada da Holanda.
O candidato considerou que o clima de violência e intimidação, levado a cabo pelos apoiantes do Governo, podia pôr em risco os seus eleitores durante o acto. Apesar da desistência, o nome do líder oposicionista não foi retirado dos boletins de voto.
A missão de observadores da Comunidade para o Desenvolvimento do Sul da África, já assumiu em comunicado que a votação “não reflecte a vontade do povo”, devido aos distúrbios e perseguições que “mancharam a credibilidade do processo eleitoral”.
Também os observadores do Parlamento Pan-Africano levantaram sérias dúvidas em relação à validade da tomada de posse. De acordo com os resultados oficiais, Mugabe obteve 2 milhões de votos e Tsvangirai 230 mil, tendo sido anunciada uma participação de 42% dos eleitores.
No discurso de tomada de posse, Mugabe mostrou-se conciliador. “Tenho a esperança de que realizaremos consultas entre os partidos políticos”, de modo a conseguir “instaurar um diálogo sério que supere as nossas diferenças”, afirmou.
Tsvangirai respondeu pouco depois, dizendo que Mugabe “não tem opção a não ser negociar”, porque se encontra “em má situação”. Os Estados Unidos e alguns aliados já ameaçaram com a imposição de novas sanções ao regime do Zimbabué.
3 comentários:
esse sim é uma caricatura autêntica!
podes crer! nem é preciso alterar nada...
"instaurar um diálogo sério que supere as nossas diferenças".
Será que é neste novo mandato que Robert Mugabe descobriu a palavra "diálogo" ou será que para ele esta palavra significa "perseguição, violência, execução"???
É preciso ter muita lata Sr. Mugabe.
O problema é que há muitos casos deste tipo de "democracias" e "diálogos" no continente africano.
Um abraço
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