A porta-voz do Governo da Ossétia do Sul, Irina Gagloyeva, afirmou hoje que o exército georgiano atacou o território separatista “em três frentes, com morteiros, lança-granadas e armas leves”. Segundo afirmou, citada pela AFP, “foi decretada a mobilização geral” dos ossetas contra “um conflito de grande envergadura”, que poderá decorrer da agressão de Tbilissi.
Os ataques, que resultaram na morte de três pessoas e feriram outras onze, ocorreram na quinta-feira, depois de nos últimos dias se ter verificado uma anormal concentração de tanques na fronteira. O representante do Ministério do Interior da Geórgia, Shota Utiashvili, garantiu que o exército apenas respondeu a “disparos de rebeldes ossetas contra povos georgianos”.
O Presidente da autoproclamada República, Eduard Kokoity, citado no Pravda.ru, advertiu que, caso os ataques se repitam, fará deslocar material bélico para a zona. Salientou, porém, que as tropas “irão abrir fogo apenas como último recurso e sob as minhas ordens pessoais”. Kokoity, afirmou ainda que “todas as posições do inimigo foram localizadas, podendo ser “eliminadas a qualquer momento”.
A Rússia já reagiu, tendo o gabinete do Ministro dos Negócios Estrangeiros divulgado uma nota na qual considera os confrontos “um processo de agressão”. A Ossétia do Sul e a Abkházia, territórios separatistas da Geórgia, proclamaram as suas independências unilateralmente em 1990, tendo ocorrido uma violenta guerra civil multipolar. Desde 1992 que forças de paz internacionais, maioritariamente russas, permanecem nos dois territórios.
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