O rei Alberto II da Bélgica rejeitou, esta quinta-feira, o pedido de demissão apresentado pelo Primeiro-ministro Yves Leterme dois dias antes. O monarca pediu ao executivo que desenvolva novos esforços, para resolver a grave crise política e institucional que o país atravessa. O actual Governo, composto por uma coligação de cinco partidos, demorou nove meses a formar e durou apenas quatro.
Yves Leterme, democrata-cristão flamengo, considerou “irreconciliáveis” as divergências entre as duas comunidades, flamenga e francófona. O Rei, em comunicado oficial, solicitou ao Ministro da Presidência e aos dois Ministros de Estado, que se empenhem a tentar encontrar novas formas de estabelecer um diálogo construtivo, entre as partes divergentes.
A comunidade flamenga reivindica a transferência de poderes federais para as regiões. A mais contestada das propostas visa a redefinição do círculo eleitoral de Bruxelas-Hal-Vilvorde. A comunidade francófona contesta a exigência, temendo perder influência política e verbas federais. Caso não seja possível alcançar um acordo nos próximos meses, as eleições antecipadas são o cenário mais provável.
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