Radovan Karadzic, antigo líder político dos sérvios da bósnia, foi detido esta segunda-feira. Karadzic, acusado de genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, foi localizado a trabalhar como médico, numa clínica privada perto de Belgrado, com longas barbas brancas a camuflar a falsa identidade.
O líder sérvio-bósnio, de 63 anos, é acusado de ter ordenado o massacre de milhares de muçulmanos bósnios e de croatas entre 1992 e 1995, durante a Guerra da Bósnia. Previsivelmente, Karadzic será transferido para Haia, na Holanda onde será julgado pelo Tribunal Criminal Internacional para a Ex-Jugoslávia.
Karadzic é responsabilizado por 12 mil baixas civis, quando comandou as operações de cerco em Sarajevo e de ter ordenado a execução de 8 mil bósnios muçulmanos em Srebrenica. É também acusado de ter usado, em várias ocasiões, soldados da força de paz da ONU como escudos humanos.
O detido sempre negou as acusações e não reconhece legitimidade ao tribunal que o vai julgar. A BBC recupera declarações do próprio, ao jornal The Times, em 1996, nas quais afirma que o Tribunal Internacional de Haia não passa de “ um órgão político que foi criado para culpar os sérvios”.
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