06 julho 2008

Manifestante “decapita” Hitler

Na abertura do museu Madame Tussauds de Berlim, este sábado, um cidadão alemão de 41 anos rompeu a segurança e conseguiu arrancar a cabeça à estátua de cera que representa Adolf Hitler. A polícia deteve de imediato o homem, que não ofereceu resistência. O manifestante é acusado de agressão e dano à propriedade. Antes da abertura, várias organizações tinham criticado a presença da figura na exposição.

A estátua mostra Hitler nos últimos dias da sua vida, de semblante carregado, quando os aliados estavam já às portas de Berlim e a derrota era iminente. O cenário escolhido para representar o ditador deve-se ao impedimento legal, vigente no país, de exibir símbolos nazis ou exaltar o período. A peça estava, inclusivamente, posicionada de modo a impedir os visitantes de tirar fotografias ao seu lado.

Em resposta aos muitos críticos, que consideraram inadequada a presença de uma estátua de Hitler, Natalie Ruoss, porta-voz do museu, tinha declarado que a figura era uma forma de “representar a história alemã”, alegando que seria “difícil para nós excluí-lo”. Depois do incidente, a porta-voz não esclareceu se a peça, avaliada em 200 mil euros, voltaria a integrar a exposição.

2 comentários:

Antonovsky disse...

Independentemente do que tenha sido, Hitler foi uma figura que marcou a história da Europa e do Mundo e, como tal, é normal que a sua figura se encontre num Museu. Átila, Napoleão, até mesmo César, são outras figuras históricas que marcaram a história com sangue, só que já passaram muitos anos e são mais "aceites".
Nunca gostei de radicalismos, foi uma atitude infeliz.
Não é uma figura de cera que vai fazer mal ao mundo, porque dessa parte trata o próprio ser humano no mundo real ao vivo e a cores.

zasilva disse...

Subscrevo totalmente a tua opinião. Como sabes, também sou muito pragmático. Mas a questão aqui é que os alemães, de um modo geral, continuam a ter uma grande vergonha desse período. Eles não se conseguem livrar de ver o nome do seu país permanentemente associado a Hitler, porque o "Canal História" faz questão...
É pena que não se lembrem de outros genocídios, que ainda ainda não tiveram o devido reconhecimento internacional...
Abraço, Antonovsky!