Milhares de pessoas desceram hoje a Avenida da Liberdade, nas habituais comemorações do 25 de Abril. Foi há trinta e quatro anos que um grupo de oficiais do Exército derrubou, através de um golpe sem derramamento de sangue, o regime autoritário que governou Portugal durante quase meio século. As comemorações estenderam-se a grande parte do país. No Porto, centenas de pessoas reuniram-se em frente à antiga sede da PIDE, onde prestaram homenagem às vítimas da polícia política.
As comemorações deste ano ficaram marcadas pelos protestos das forças de segurança. Segundo o Público, Nelson Brito, presidente da distrital de Lisboa da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP-PSP), considera que, lamentavelmente, “o 25 de Abril ainda não chegou à nossa instituição. Temos horas para entrar e nunca temos horas para sair e se isso fosse reformulado era um grande passo”.
“Nós, militares, particularmente os oficiais, temos uma enorme preocupação com a coesão nacional e essa coesão consegue-se desde que as múltiplas tarefas do Estado e da economia privada cumpram as suas funções”, afirmou o coronel Tassos Figueiredo, representante da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA). Segundo este militar “é dramático que mais de trinta anos após o 25 de Abril se esteja a processar uma regressão em termos de tecido social, que põe em causa a coesão nacional”.
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