A assembleia constituinte do Nepal aboliu, esta quarta-feira, aquela que era a última teocracia hinduísta do mundo. Por decreto, foram também revogados todos os privilégios da família real. A decisão não foi uma surpresa, pois o partido maoista, que venceu as eleições de 10 de Abril, fez da supressão da monarquia o elemento-chave da sua campanha.
“A proposta de instaurar uma democracia foi adoptada pela maioria”, disse Kul Gurung, porta-voz do parlamento. Ao rei deposto, o contestado Gyanendra, foi dado o prazo de duas semanas para abandonar o palácio real. Uma fonte oficial, citada pelo jornal Público, garantiu aos jornalistas que o edifício será transformado num museu e aberto a visitas
O ex-rei do Nepal tinha anunciado, a 22 de Abril, o regresso do país à democracia, quando concluiu que o seu isolamento político era irreversível. Gyanendra subiu ao poder em 2001, depois do príncipe herdeiro ter assassinado os seus pais e sete outros membros da família real e cometido suicídio, acontecimento que foi determinante para minar a confiança no regime.
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