Na Geórgia, o Movimento Nacional Unido, partido do Presidente Mikhail Saakashvili, ganhou as eleições legislativas desta quarta-feira, tendo obtido 63% dos votos, de acordo com os resultados provisórios adiantados ontem pela Comissão Eleitoral. O Conselho da Oposição Unida, que junta nove partidos, só conseguiu alcançar os 13%.
Apenas dois outros partidos conseguiram alcançar a representação parlamentar, designadamente o Democrata-cristão, com 8% e o Trabalhista, que obteve 6%. O sistema eleitoral georgiano exige aos partidos um mínimo de 5% de representação para entrar no Parlamento, no qual se distribuem 150 lugares.
O presidente Saakashvili tinha proclamado a vitória logo na quarta-feira à noite, antes da publicação dos resultados oficiais. A oposição contestou a declaração e reclamou que os resultados tinham sido manipulados. Na manhã de quinta-feira, cerca de mil manifestantes concentraram-se em Tbilisi, para mostrar o seu descontentamento.
Os observadores da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) verificaram a existência de “vários problemas” no acto eleitoral. Em comunicado emitido esta quinta-feira, a organização elogiou os esforços do sistema político georgiano para “organizar legislativas conforme as normas internacionais”.
Segundo a AFP, citando o relatório da OSCE, “os partidos puderam fazer campanha activamente, mas houve muitas alegações de intimidações, algumas das quais foram verificadas”. Há também registo de “pressões sobre os observadores” e “falhas importantes durante a contagem dos votos”.
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