As comemorações do Dia do Trabalhador marcaram esta quinta-feira. Um pouco por todo o mundo, muitos milhares de cidadãos saíram à rua para assinalar o dia com manifestações, organizadas pelos mais variados quadrantes políticos e sociais. Na Turquia e na Alemanha, as manifestações acabaram em confrontos com a polícia.
Nos protestos de Istambul, a polícia turca dispersou manifestantes à bastonada e com recurso a gás pimenta, canhões de água e até balas de borracha. Os manifestantes, estudantes e trabalhadores, tentavam chegar à praça Taskim, onde estava prevista a concentração. Perante a insistência popular, a polícia de choque investiu e fez perto de 500 detenções.
A manifestação tinha sido proibida pelo Governo. Desde o golpe militar de 1980 que as autoridades turcas não autorizam manifestações na praça Taksim. Apesar desta proibição, todos os anos os sindicatos tentam fazer manifestações no local. Geralmente, estas concentrações não autorizadas acabam por ser dispersadas com violência pelas autoridades policiais.
Na Alemanha, os protestos começaram de véspera. Na noite de quarta-feira, verificaram-se diversos actos de vandalismo nas ruas de Hamburgo, protagonizados por grupos de extrema-esquerda. A polícia dispersou os manifestantes com o recurso a canhões de água. Ainda durante a noite, em Berlim, a polícia fez 20 detenções, numa festa que terminou com distúrbios.
Durante o dia, a polícia envolveu-se em novos confrontos com os manifestantes. Em Hamburgo e Nuremberga, militantes de extrema-esquerda tentaram impedir as manifestações neo-nazis marcadas para este dia. Os sindicatos e organizações de esquerda consideram as marchas de extrema-direita uma provocação aos trabalhadores em geral.
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